quinta-feira, 4 de março de 2010

O laser que tem tomado conta dos crentes....

Algum tempo atrás, tive a oportunidade de ler um livro escrito por Billy Graham, que versava sobre os sete pecados mortais da sociedade moderna. Um dos pecados ali descritos é o entretenimento, também conhecido por lazer.
Lembrei-me desse livro há mais ou menos duas semanas e o menciono aqui, como referência positiva para o tipo de vida que milhões experimentam, hoje em dia.
A sociedade moderna tem deixado o continente do fazer, em busca de alguma ilha de fantasia e, na verdade, antes de a atingir, está mergulhando no oceano do lazer.
É quase inimaginável o que se verifica atualmente.
As pessoas estão perdendo o gosto pelo trabalho, o prazer pela atividade, a satisfação pelo fazer.
Isto ocorre em praticamente todas as áreas e dimensões da vida.
Reportando-me mais especificamente ao Brasil, começo por lembrar que nossa querida Pátria está se tornando mundialmente conhecida como o país dos feriados, ou seja, a nação do lazer, que também podemos apelidar de o território do não-fazer.
Já circulam boatos no sentido de que uma senhora, provavelmente candidata ao mais alto posto do Governo terá como um dos ítens de sua plataforma eleitoral a redução da jornada de trabalho, ou seja, a reciclagem da indústria do lazer.
Alguns anos atrás o carnaval era uma festa (sic) de dois dias, mais precisamente domingo e terça-feira.
Mais tarde, a segunda-feira foi incluida. Depois, o sábado foi acrescentado.
Atualmente, o período vai de sexta a quarta, com direito a uma reprise dos campeões uma semana depois.
O imenso público fica em silêncio, pois está ansioso por aproveitar tantos para nada fazer.
Quando não se tem nada para fazer, começa-se a fazer precisamente aquilo que jamais deveria ser feito.
A Igreja entrou no embalo e os guerreiros de Cristo parecem muitas vezes os inativos de ninguém.
Muitos da nova geração jamais viram a presença da Igreja nos logradouros públicos, como antes. Nas salas dos hospitais, como no passado. Por toda parte, como na época da Igreja Primitiva.
Uma safra de pregadores sem currículo, de mensageiros sem passado, de "profetas" que jamais estiveram no deserto está anestesiando a Igreja no que diz respeito ao IDE, ao trabalho, á luta sem trégua, ao FAZER.
Nesta época de google, de facebook, de tv digital, de sofisticados videogames, de parques temáticos quase monstruosos, de twitter, de sonico, de bares com wi-fi, etc, está faltando disposição para fazer a Obra de Deus.
Estamos em uma notável encruzilhada.
A grande estratégia do Adversário está em funcionamento a todo vapor: induzir o Povo de Deus a nada fazer ou a ocupar-se do indevido, do inútil e do prejudicial.
Nunca mais se ouviu falar de um derramamento do Espírito Santo em reuniões convencionais, porque as prioridades agora são outras.
Por toda parte encontro homens de Deus decepcionados com o que assistem nos grandes plenários.
Os métodos humanos foram transportados para essas reuniões e a beleza da glória de Cristo já não é mais um ítem da agenda.
Os novos convertidos estão deixando de ser discipulados porque os discipuladores não querem fazer. Preferem o lazer.
Nalgumas comunidades já não há mais batismos em águas, porque isto depende basicamente do que a Igreja faz.
Que beleza o primeiro versículo do Evangelho de Lucas: FIZ o primeiro...
A pergunta de Deus a Caim continua ecoando por todo o planeta: QUE FIZESTE?
A pergunta de Deus a Elias soa perto de cada um de nós: QUE FAZES AQUI...
Somente existe um caminho, uma opção.
Essa opção é a decisão irreversível de perguntarmos ao Senhor Jesus o que a multidão do Dia de Pentecoste perguntou ao apostolo Pedro: QUE FAREMOS?
Decididamente não é hora de lazer. É HORA DE FAZER.
Deus te abencoe,
Pr.james Marklew Jr